Hungria multou a Ryanair em 764 mil euros por "enganar os consumidores", entendendo que a transportadora aumentou os preços devido a um imposto extraordinário sobre as grandes empresas lançado pelo Governo.
"O Gabinete de Defesa do Consumidor concluiu a 08 de Agosto que a Ryanair praticou práticas comerciais desleais ao enganar os consumidores", disse na rede social Facebook Judit Varga.
A ministra da Justiça explicou que a tutela está a investigar a Ryanair desde 10 de Junho, após a companhia aérea ter anunciado que iria subir os preços em resposta ao novo imposto.
A transportadora, por sua vez, anunciou que vai recorrer desta decisão e que está disposta a levar o caso à justiça comunitária, segundo o portal económico.
"A Ryanair vai recorrer desta coima injustificada levantada pelo Gabinete de Defesa do Consumidor", disse a Companhia, que referiu ainda não ter recebido a notificação oficial sobre este processo.
Em Maio, o primeiro-ministro húngaro, anunciou vários novos impostos sobre bancos, empresas de energia, seguradoras e companhias aéreas, entre outras, para compensar a inflacção e arrecadar 4,1 mil milhões de euros até 2023.
O presidente da Ryanair, Michael O'Leary, disse que o novo imposto é um "assalto" e "idiota", referindo mesmo que o ministro húngaro do Desenvolvimento Económico, era "um completo idiota".
A empresa defendeu que nem as companhias aéreas nem as famílias irão conseguir suportar este novo imposto, numa altura em que o sector do turismo húngaro está a tentar recuperar da pandemia.
A ministra disse a 08 de Agosto que, na actual situação económica, provocada pela guerra, as multinacionais que obtenham lucros extraordinários devem contribuir para as despesas militares e para conter os preços da energia.
Jornalista