Greves parciais no transporte fluvial entre Setúbal e Troia, até Setembro

por: António Manuel Teixeira
Greves parciais no transporte fluvial entre Setúbal e Troia, até Setembro
Atlantic Ferries

Os trabalhadores da Atlantic Ferries, empresa que assegura as ligações entre Setúbal e Troia, estão em greves parciais por aumentos salariais, que deverão afectar o transporte fluvial entre as duas margens do Sado até final do mês.

Nos 'ferries', que fazem o transporte de viaturas entre Setúbal e Troia, as greves parciais de duas horas por turno terão lugar às sextas-feiras, sábados e domingos do mês de Julho, das 10:30 às 12:30 e das 17:30 às 19:30.

Nos 'catamarans', que asseguram o transporte de passageiros, estão previstas paralisações, também às sextas-feiras, sábados e domingos, nos seguintes períodos: 09:30/11:30, 17:00/19:00 e 22:00/24:00.

Além das greves parciais de duas horas por turno, está ainda prevista uma greve ao trabalho extraordinário de 04 de Julho a 30 de Setembro.

Segundo revelou à agência lusa Carlos Costa, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), que convocou a greve, "os trabalhadores da Atlantic Ferries já apresentaram um conjunto de reivindicações para 2024, mas a empresa ainda não respondeu, nem se disponibilizou para iniciar o processo negocial".

"Os trabalhadores exigem um aumento salarial de 10% em 2024, para fazerem face ao aumento da inflacção, e uma nova forma de remuneração do trabalho extraordinário que seja mais vantajosa, até porque se prevê um aumento significativo do trabalho extraordinário nas próximas semanas, devido à Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023".

Sublinhando que a Fectrans espera uma adesão às greves parciais "muito próxima dos 100%", o sindicalista disse ser importante iniciar "já o processo negocial face às dificuldades que os trabalhadores enfrentam com o aumento do custo de vida".

Contactada pela agência Lusa, a Atlantic Ferries garantiu que está "disponível para, directamente e em conjunto com as associações sindicais envolvidas, encontrar soluções que aproximem os interesses dos trabalhadores e da empresa", salientando que esta posição já foi transmitida aos sindicatos e delegados sindicais.

Por outro lado, a empresa lamentou "o não respeito pelo Acordo de Empresa em vigor até Dezembro de 2023, pelo processo de negociação para 2024", que deverá decorrer até final ano, considerando que está a ser alvo de "uma imposição unilateral extemporânea".
Lusa/ O Turismo PT

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